A taça do mundo é nossa. Já o troféu da copa, que há muito tempo não tem o formato de uma taça, não tem dono ainda. Quando eu soube que depois de ganhar você precisa devolver pro próximo ganhador, confesso que fiquei um pouco chocado. Tanto trabalho pra nada. Eu já fui bem hater da copa do mundo. Sempre que uma maioria começa a idolatrar alguma coisa existe uma galera que começa a odiar muito aquela coisa. Eu sou essa galera. Era assim com futebol, com sexo, vida social, Avril Lavigne, diálogos superficiais, Sandy e Júnior e novelas da Globo. Eu aos poucos comecei a aceitar melhor certas coisas dessa lista. Eu ainda não sinto tanto o apelo da Pitty, por exemplo, mas eu já danço a música dela que toca na balada as 4 da manhã quando o DJ precisa começar a expulsar o povo. Esse ano, pela primeira vez, eu estava ansiando um pouco pelo clima festivo da copa, ainda mais por causa desse clima de profunda divisão e apatia em nosso país. Daí justo agora todo mundo resolve cagar pro negócio. Daí eu quero acabar com minha fama de do contra e não consigo. Eu juro que não comecei a me importar com a copa do mundo só por causa dessa apatia geral. Eu nem sabia que ela já tava pra começar até um dia desses! Para tornar tudo ainda mais deprimente, enquanto eu escrevia essas palavras, ouço no fundo meu pai comentando que essa provavelmente será sua última copa, já que ele não dura mais 4 anos. Então eu tô com mixed feelings: curto essa copa a pedido do meu coração e pra curtir algo legal com a família, ou a desprezo pra poder fazer parte da maioria, só pra variar? É um grande dilema, mes amis. Teve um gato que previu o ganhador da copa, aliás. Todo ano um animal do país que sedia a competição faz parte de um ritual abusivo para ver quem vai ganhar. Apatias a parte, esse ritual foi mantido e o gato Aquiles previu um país pra pegar a taça emprestada, mas esqueci qual foi. E acabei de ver isso na tv, faz nem 5 minutos. Eu tento me importar, esse ano farei meu melhor, mas sabe como é, né? Eu lembro do 7x1, e eu nem estava tão hater assim naquele ano, mas lembro que foi extremamente divertido e catártico o tamanho desse golpe no coração dos brasileiros, aquelas crianças chorando em slow motion enquanto a voz uber decepcionada do Galvão tentava por em palavras a escuridão que se instalava em sua alma. Uma parte de mim quer que aconteça de novo, pois não é só na ficção que eu aprecio uma boa desgraça inconsequente. Mas enfim, chega de copa. Sério, eu nunca mais vi uma copa. Agora só tem cozinha. Alguém mais tem uma copa em casa? Aliás, o que exatamente é uma copa e pra que ela serve? Eu lembro de ter meus 6, 7 anos e estar com meus pais vendo casas pra alugar, e x donx da casa explicando que tem dois quartos, sala, cozinha e copa. Acho que a copa foi eliminada pela seleção natural, assim como nosso dedo mindinho será muito em breve. E assim como a seleção se o Neymar não curar o joelho. Não é o joelho dele que tá ferrado? É sempre a perna com esses jogadores. Ah claro, é futebol, faz sentido. Eles chutam e pá. Se o Neymar tivesse com o braço quebrado ele poderia jogar? Você precisa dos braços pra se equilibrar enquanto corre né? Sem contar que pode cair e quebrar mais ainda. Tantas dúvidas. Sabe uma dúvida que eu não tenho? Que o JCast chegou no episódio 200 e estamos muitíssimo felizes com essa marca. Então dá o play, escute, concorde, discorde, mande opiniões mas antes disso tudo atente para os seguintes pontos:
Às vezes você quer debater certo assunto com alguém, mas esse alguém não está disposto a ouvir e você insiste mais um pouco até ser taxado de chato, autoritário, dono da verdade absoluta. Daí você lembra a pessoa que, infelizmente, por mais pretensioso que isso soe, naquele momento, existe sim um certo e um errado e que, perdão novamente pela pretensão, só dessa vez, você está do lado certo. Fazer o quê? Fingir que a outra pessoa tem razão, ainda que ela claramente não tenha, pra não sair como um ditador de opiniões? Sem contar que, como que apenas você é o dono da verdade se a pessoa também não muda de opinião? Nesse ponto meia dúzia de pessoas já sairam do grupo por ele estar muito chato e politizado. Sim, estou narrando algo que aconteceu em um grupo de WhatsApp, e sim, o assunto era política. Algum radialista cristão de denominação desconhecida falando sobre o absurdo que é todos aceitarem o custeio público de operações de redesignação sexual, mas não aceitarem tão bem assim se o SUS oferecesse terapias de conversão sexual para LGBTQIA’s. Daí às vezes você se sente na obrigação de esclarecer certas coisas. E aí a discussão já nasce perdida, pois uma parte concorda com o cara da rádio, outra parte está em cima do muro, e obviamente ninguém concorda com você. E daí você, dessa vez, é o dono da razão absoluta universal, já que tem a fodendo CIÊNCIA do seu lado, mas quem se importa? “Ai esse grupo tá chato”; “Ai, a gente até entende o seu lado, mas você precisa entender que existem opiniões divergentes e precisamos entender todos os lados”. Só que não. Você não pode ser da opinião de que a água do mar é potável. Quer dizer, você até pode, a não ser que queira que todo mundo passe a tomar apenas água do mar, já que água doce é pecado. Melhor você morrer desidratado sozinho. Ou de coisa pior. Do que você morre se tomar água do mar? Eu disse que a ciência estava do meu lado, mas não disse que eu entendo dela. Reeeeesumindo: a galera tá muito bem na zona de conforto dela e não tá afim de conversar sobre problemas que não as afeta. Daí que por culpa não dos extremistas, mas do povo que tá dormindo, gente que não deveria chegar ao poder acaba chegando. A galera depois de tudo vai se dar conta num alto e coletivo “Ops”, antes de voltarem a suas atividades normais, regadas a cerveja e churrasco. Minto: cerveja, churrasco e JCast, que hoje fala SOBRE O INCRÍVEL FINAL DE DIGIMON TRI. Antes de ouvir preste atenção nos seguintes avisos:
“Nós, seres humanos nos tornamos uma doença, o Humanpox”
Dave Foreman
“A população mundial total de 250-300 milhões de pessoas, um declínio de 95% em relação aos níveis atuais, seria o ideal.”
Ted Turner
Em que se tenta decifrar o misterioso motivo pelo qual Jogador Número 1 SUCKS BALLS, apesar de ter tudo pra ser incrível, se chove no molhado dizendo o quão brilhante é Atlanta, bem como a mente de seu criador, o ilustre Donald Glover aka Childish Gambino, ainda que na gravação não tenhamos falado sobre This is America, que tá sendo mais over recomendado que La Casa de Papel, mas se for escolher um dos dois pra odiar, por favor não odeie This is America. Aliás, não odeie La Casa de Papel, pois nesse podcast também se discute a parte dois dessa série, sem spoilers, além de sutis previsões acerca da malfadada terceira parte; Aborda-se o retorno maravilhoso de Handmaid’s Tale e o retorno cauteloso de Westworld, se recomenda Black Sails, que é tipo Vikings, só que não tem nada a ver com Vikings, e se chove no molhado DE NOVO, reiterando o quão insanamente genial é Riverdale. Seriously guys, best show ever produced. A consciência pesa, mas Roseanne e sua controvérsia são abordadas e recomendadas, fazer o quê, a série é boa. Tem quadrinhos também, de Sonic ainda por cima, e pra terminar um filme indie que tá fazendo muito sucesso em Toronto e Cannes e cuja disponibilidade pra assistir é mega difícil, AVENGERS INFINITY WAAAAAAAR. Se abre o jogo, spoiler special discussion, destrinchando tudo o que aconteceu nesse mega evento: o que se gostou, não gostou, odiou, amou, e o único tópico deixado de lado é o tamanho e formato do gigante pênis roxo do Thanos, o que é estranho, haja vista o quão gay esse podcast vem gradativamente se tornando. Não se discute a vida, o universo e tudo o mais essa semana pois os hosts estão tirando um tempo pra pesquisar.
Featuring music: Tito Anton - F R E E (feat. Alan Watts) e Said the Sky - Everything. Emails serão bem vindos em alojcast@gmail.com.
00:01:22 Jogador Número 1
00:18:35 Atlanta
00:22:00 Westworld e Handmaid’s Tale
00:33:20 Black Sails e Riverdale
00:40:17 La Casa de Papel
00:51:53 Roseanne
01:10:12 IDW Sonic the Hedgehog
01:13:04 Avengers: Infinity War
Vocês já viram um bicho estranho porém aparentemente inofensivo entrar pela janela, observaram enquanto ele voava rente ao teto e levaram a sua gata até lá para que ela o pegasse? Eu acabei de fazer isso e dá certo! Estou me sentindo tão genial que tô curtindo um high até agora. Como ando numa fase detox da vida, qualquer high tá valendo. E existem muitos highs fáceis de conseguir no dia-a-dia, nenhum deles com cocô de vaca e amônia na fórmula. Você pode comer um brownie ou comprar tudo o que tem no seu carrinho da Amazon. Você pode faxinar o quarto ou comprar os ingressos antecipados de Vingadores. Você pode ver memes no Facebook ou discutir com um eleitor do Bolsonaro. Você pode ouvir conversas alheias no ônibus ou ver vídeos no youtube deitado na cama nos minutinhos que precedem o cair no sono. Vídeos que você nunca veria normalmente no seu dia, como por exemplo uma entrevista com Macaulay Culkin em 1991. Ou uma entrevista com Macaulay Culkin em 2018. Na Ellen. Sendo que ele e a Ellen são idênticos e é engraçado vê-los interagindo. Quase um episódio perdido de Orphan Black. Ultimamente tenho visto trechos de entrevistas do Porchat e descobri várias pérolas. Sabia que ele reuniu o elenco do Castelo Rá-Tim-Bum? Ok, isso não é tão especial, eles vivem se reunindo. Mas é um bom exemplo. Ele também reuniu o Casseta e Planeta. Sim, aquele grupo close errado que a gente amava quando era criança. A entrevista com o Jô Soares é ótima. E com o Gugu. E também aquele vídeo em que o Gugu, o Macaulay Culkin e a Ellen interpretam o mesmo personagem em três diferentes fases da vida. Esse vídeo não existe ainda mas fica a ideia. Enquanto o Gugu tá vivo. Bate na madeira, tadinho, muitos anos de vida. Ah tem a entrevista com a Xuxa. E tem aquele vídeo em que a Xuxa, o Gugu, a Elle e o Culkin… é, vocês já sabem onde quero chegar então vamos pular direto pros avisos da semana.
Nesse episódio tem:
Renovaram La Casa de Papel pra segunda temporada e BRASIL I’M DEVASTATED. Quero dizer, eu tô feliz, claro. Mas eu digo isso: PRISON BREAK. Vocês lembram? Tomara que dessa vez eles consigam esticar com qualidade uma historia claramente feita pra durar uma temporada só. Acho que o sentimento de perda é saudável. Eu fiquei arrasado com o final? Fiquei. Eu tô morrendo de saudades dos personagens que sobreviveram? Tô. Mas qual é o problema em simplesmente ficar com essa saudade? A vida é feita de saudades, não é mesmo? Também é feita de recomeços, é verdade; agora vamos recomeçar. Empieza el matriarcado. Bella Ciao, Ciao, Ciao. Calma, não vou ficar soltando bordões da série pra encher linguiça. Ganhei umas duas linhas, ufa. E agora? Vamos falar sobre a prisão do Lula. KIDDING. Não nos posicionamos politicamente no JCast, né não? Mas temos muitas posições, já que a gente não consegue falar de anime sem problematizar. Somos os poster children da problematização. Eu já falei sobre isso antes. Tô nessa de repetir os temas dos textos. Vocês vão ver que as historias se repetirão e ficarão mais curtos também, mas é por estar passando por uma fase meio difícil. Tá rolando um breakdown, mas eu vou sair dessa. Mandem suas orações, em qualquer idioma ou melodia. Ou mandem dinheiro, ou aqueles cartões que valem coisas, sabe? Como 100 reais na Playstore. Ou 50 reais de Uber, ou três meses na Crunchyroll. No Crunchyroll. Sério, me faria tão feliz uns presentes. A gente recebia presente antes de ser modinha. Antes de ter youtuber cujo único propósito é receber coisas. A gente poderia ter sido o pioneiro do unboxing. Quer saber? Fake it til you make it. Vou só abrir o bocão e dizer que, ao menos no Brasil, fomos os pioneiros do caralho dessa porra de unboxing. Tenho certeza que temos algum episódio em que a gente abre os pacotes e vê o que tem dentro. O conceito é só esse mesmo né. Bem sem graça. Bem… acho que já deu, parágrafo razoável. Então vamos lá que eu ainda tenho que inventar uma lista de avisos. Leiam, por favor pois sem eles não conseguirão apreciar o podcast que se segue.
Nesse episódio tem:
“No mundo moderno, tolos são cheios de convicção, enquanto sábios são cheios de dúvidas”
Bertrand Russell
Em que se discute exaustivamente o nosso atual cenário politico, ainda que de forma não muito acadêmica já que somos meio leigos então não se empolga tanto, respira fundo e mantenha a mente aberta por favor, para logo em seguida tratar d’O Mecanismo, a série original Netflix Brasil que ninguém sabe porque foi feita e agora todo mundo só sabe falar dela. Ah… ok, agora eu entendi. Mas nem só de temas provocativos vive a Netflix, então também se discute aqui uma outra produção original sua totalmente superficial que não propõe nenhum grande tópico para reflexão, um blockbuster mais raso que Transformers chamado Jessica Jones season 2. Prepare-se para uniformes incríveis, ação desenfreada, um episódio músical e o finale dirigido por Quentin Tarantino. E é assim que se produz fake news, Fantástico, e não com russos maléficos hackeando o Facebook. E por falar na terra de ninguém desolada que é nossa maior rede social, vamos old schoolmente para uma terra de ninguém desolada que é a ilha onde eles gravam Survivor, o maior experimento social da TV, aquela série que ano após ano tentamos faze-los assistir. Se discute a nova temporada, o novo twist, o novo elenco e não se fala nada sobre o velho apresentador com seu velho boné, seus velhos bordões e seus velhos trocadilhos sexuais ditos na hora em que está narrando os desafios, que se fosse Passa ou Repassa se chamariam “gincanas”. Aliás, vocês lembram que o Zeca Camargo apresentava No Limite, versão nacional de Survivor? Imagino quem ganharia o emprego se resolvessem tirar isso do baú. Aaaaaanyway. Se reforça a recomendação das nossas favoritas de sempre, Riverdale, SHIELD, Atlanta e qualquer novela bíblica que esteja no ar na Record nesse momento, se entra DE NOVO numa discussão filosófico/religiosa/política enquanto se fala mal do Osho e do Eddie Murphy, E LA CASA DE PAPEL MANO! Tu já viu? TU NÃO VIU? PORRA, VAI VER AGORA! Melhor que Tomb Raider O Começo Chato, quase certeza que é o título oficial. A gente também fala disso antes de melhorar o nível com o ganhador do Oscar de melhor filme de 2018, Pacific Rim Uprising, conhecido por todos como Pacific Rim 2 e conhecido por ninguém como Círculo de Fogo A Revolta, O Retorno, sei lá. Ah e o Darko finalmente tá colocando seu MCU em dia, então se prepare pra finalmente descobrir o que ele achou de Guardiões 2 e Dr Estranho.
Featuring music: Dorival Caymmi - Eu Não Tenho Onde Morar e Gal Costa- Vaca Profana. Emails serão bem vindos em alojcast@gmail.com.
00:01:15 Política e situação nacional
00:28:34 O Mecanismo
01:03:15 Jessica Jones 2
01:16:30 Survivor
01:29:30 Atlanta, Legion, Agents of S.H.I.E.L.D. e Riverdale
01:46:45 Wild Wild Country, Religião e Cultos
02:43:00 Eddie Murphy Raw
02:53:22 La Casa de Papel
03:12:18 Tomb Raider
03:24:45 Pacific Rim Uprising
03:32:25 Guardiões da Galáxia Vol. 2 e Doutor Estranho
No qual se começa com um papo muito maluco e fora de contexto sobre religião e drogas, como elas se comunicam e qual das duas é melhor. Mentira, não existe essa comparação. Obviamente, logicamente, no kidding, se destrincha o Pantera Negra, esse singelo filme da Marvel cujo hype tá mais do que real, cheio de questões tabu que a galera da internet odeia, como representatividade e afins, mas que todo mundo amou assim mesmo, mostrando que talvez essa galera chata da internet seja apenas uma minoria muito nervosa. Se debate os Oscars, cerimônia que todo ano se supera na tentativa de ser mais arrastada e irrelevante do que o ano anterior, embora esse ano tenha pelo menos trazido discussões muito necessárias, ainda que continue sendo grande demais e ofereça alcool de menos para os atores, que sóbrios, não choram tanto assim ao receber o prêmio. Ou vocês acham que eles gostam muito mais do Globo de Ouro? Se revisita a discussão sobre The Good Place, uma série tão boa que merecia um podcast dedicado a ela, o que deve existir é claro, mas tô falando de um spin off do Knurd, fica a ideia no ar. Se caga na cabeça do Cloverfield Paradox, eita filme ruim, pode até pular esse bloco. O podcast termina com Queer Eye, aquele reality show que ainda não teve segunda temporada anunciada, enquanto a Netflix gasta milhões com um remake de Perdidos no Espaço e uma segunda temporada de Punho de Ferro. Zoei, mas tô animado com Perdidos no Espaço. Ah e tem os quadrinhos de TWD, cuja adaptação televisiva o povo decidiu só agora que é péssima, ainda que ela sempre tenha sido meio lenta. Curtiram o line-up? Então dá o play, pipoca.
Featuring music: Pato Fu - Vida Imbecil e Atarashii Gakkou No Leaders feat. H ZETTRIO - Koinosyadanki. Emails serão bem vindos em alojcast@gmail.com.
00:01:24 Faculdade, Saúde Mental, Ayahuasca e Religião
00:54:03 Black Panther (spoilers!)
01:45:51 Oscar (Dunkirk, Darkest Hour, All the Money in the World, Call me by Your Name, The Shape of Water, Three Billboards Outside Ebbing, Missouri, Lady Bird, Phantom Thread, The Post, I, Tonya e The Big Sick)
02:22:34 The Cloverfield Paradox (spoilers!)
02:27:24 The Good Place (spoilers!)
02:52:47 Queer Eye
02:57:34 The Walking Dead (quadrinhos e série) (spoilers!)
Hoje é o dia internacional da mulher, então o Jcast, formado por dois caras, resolveu falar sobre um Mahou Shoujo feito pra homens. Como é bom respirar aliviado sabendo que estamos fazendo a nossa parte para tornar este um mundo melhor. Sabe quem mais está fazendo sua parte? Madoka. O ano todo, de natal a natal. Falando em Natal, a casa de vocês ainda está decorada com enfeites natalinos? Dificilmente, eu sei, afinal estamos em março. Tenho certeza de que em março muitas outras coisas já tinham acontecido e ninguém tava pensando muito naquela criança que nasceu numa manjedoura. Ninguém exceto os pais, todos os 4: Maria, a mãe biológica, José o pai de criação, Gabriel o mestrando em fertilização e Deus o doador e mastermind da coisa toda. Maria não teve muita escolha, mas hey, tudo deu certo no final. Feliz dia internacional da Mulher mais uma vez. Mas é isso, olho a minha volta e estou cercado por enfeites vermelhos cintilantes, me dando conta de que o gene acumulador está presente na família toda. A gente simplesmente não se livra de nada, nem das bad vibes. Mas hoje não é dia de falar das Bad Vibes, assim mesmo com letra maiúscula. Feliz dia Internacional da Mulher pra todas as mulheres, por favor ouçam nosso podcast mas em hipótese alguma deixem de antes conferir o seguinte disclaimer:
Oi, ouvintes do JCast, que nesse momento são leitores! Bem, eu espero que sejam. Alguém tá lendo isso aqui? Nossa. É tudo tão silencioso aqui. Aquele silêncio que provoca zumbidinho, sabe? Tipo, tá tão silencioso que faz barulho porque nosso cérebro não sabe lidar com o silêncio absoluto, com o nada, com a aniquilação dos nossos preciosos sentidos e foi por isso que a gente criou Deus! Hmm… Então, Oi, ouvintes! Leitores, né? Como foi o carnaval de vocês? O meu foi ótimo, sabe. Eu andei me sarrando e sendo sarrado por dezenas de pessoas suadas cujos rostos eu não conseguia focalizar graças a miopia artificial provocada pelo álcool no meu sangue. Eu tinha uma skol beats já pela metade quando avistei uma senhora num carrinho e uma placa em que informava aceitar cartão de crédito. Meu dinheiro havia se esgotado no álcool e alguns últimos trocados provavelmente surrupiados do meu bolso enquanto trocava saliva com algúem (Toka Koka, amiright?) ao som de funk pesadão. Então cartão de crédito era importante e por isso eu me aproximei e perguntei se ela aceitava cartão de crédito. Mesmo já sabendo da resposta através do cartaz. Ela diz que sim, eu peço um copão de vodka com energético e ela diz que acabou o energético. Eu compro só a vodka. Uma dose, no cartão, no débito. Eu jogo minha skol beats ali no meio. Eu não sei por que eu jogo minha skol beats ali no meio. Daí eu tomo e fico bem louco e ando pelas pessoas, de volta ao começo da narrativa, eu não tô vendo rostos, etc. E eu penso no vazio de todas aquelas almas que precisam tão desesperadamente de um alívio da vida real de merda que é a nossa vida real, que elas se drogam no limite da razão e se entregam a folia desregrada, para sentir um pouco de liberdade. Isso é triste mas isso é sexy. E por isso todo mundo se beija. Né, ouvintes? Ouvintes lindos! E leitores dedicados. Bem gente, é isso. Vamos pro podcast? Estamos falando de Kyuranger. Mas antes de ouvir sobre esse excelente sentai que fala de questões profundas como correr atrás dos seus sonhos e fazer a própria sorte, mas como fazer isso, Kyuranger, como posso afogar o desespero causado pela inexorabilidade do tempo e pela crueldade dos deuses? Bem, a série não responde nada disso, mas é ótima e antes de começar a ouvir atente para os seguintes avisos:
“O que você faz com as decepções é o que determina se você será bem sucedido” - desconhecido
No qual falamos muito mal de algumas séries/filmes e muito bem de outras séries/filmes, o que poderia servir como descrição para qualquer Knurd Report mas que se faz especialmente verdadeiro nessa edição que contêm raivosas opiniões de hosts extremamente pistolas com decisões criativas ilógicas por parte dos showrunners de suas séries favoritas. Se tenta descobrir a verdade por trás da falta de ousadia da Netflix, que se torna cada vez mais parecida com suas primas convencionais, se recomenda Agents of SHIELD, que agora caga pra audiência já que é filha do dono e tá aproveitando pra kickar some asses enquanto não é cancelada, se detona Runaways por sua falta de runawaying entre outros problemas e se suspira profundamente de decepção com Star Trek Discovery, uma série tão promissora mas que só nos trás desgosto. Nem tudo é tristeza, lógico, já que temos Jumanji, uma sessão da tarde que começa em 1996 e mantém sua narrativa, estilo, plot e piadas por lá mesmo, o que obviamente é a receita do sucesso. Também temos o Raio Negro, provando que a CW pode muito bem ser a grande emissora gênia incompreendida do nosso tempo, ultimamente ousando mais que a Netflix. Não falta Madame Satã e Doctor Who, duas obras tão diferentes e ainda assim… não, são completamente diferentes, embora o Lázaro Ramos pudesse ser um ótimo Doutor, se a BBC curtisse um estrangeiro no papel. A gente chora a beça com Viva, A Vida é uma Festa, nome que vem da imaturidade de nosso povo para lidar com nomes como COCO, e se tenta recomendar Big Little Lies mesmo sem local de fala. Aperta o play e vem com a gente.
Featuring music: Baco Exu do Blues - Facção Carinhosa e MC Davi, Flip e Cynthia Luz - Ela tá que tá. Emails serão bem vindos em alojcast@gmail.com.
(00:01:27-00:19:04) Agents of SHIELD
(00:01:27-00:26:59) American Gods
(00:27:00-00:39:56) Black Lightning
(00:39:57-00:54:44) Runaways
(00:54:45-01:06:30) Big Little Lies
(01:06:31-01:39:41) Star Trek Discovery
(01:39:42-01:50:53) Coco
(01:50:54-02:00:53) Madame Satã
(02:00:54-02:11:38) Jumanji
(02:11:39-02:14:03) Definição de fandom
(02:14:04-02:21:00) Doctor Who: Lost Dimension